domingo, 25 de maio de 2008

diálogo

Contra uma mobilidade muda e cega.



Conversar com a cidade. Dialogar. A idéia-força que movimenta e dá corpo e alma à proposta aqui apresentada se fundamenta nas trocas, na comunicação - onde a cidade se configura como a emissora/provocadora da mensagem e nós, receptores ativos desta .

Neste contexto, o jogo é o idioma falado, o código pelo qual se concretiza o diálogo. O jogo nos oferece instrumentos para nos apropriarmos do espaço público, experimentando-o e deste modo o percebendo sob novas perspectivas. O percurso por sua vez se configura como o canal, o meio pelo qual a mensagem se propaga e que percorremos desafiando e sendo desafiados pela cidade viva.

Como na teoria da comunicação, o ruído é aquele elemento/situação que atrapalha a comunicação, que se interpõe como uma barreira para que esta se efetue de forma plena. O preconceito em relação ao jogo inserido no cotidiano, o estado de espírito pragmático e fechado à interferências, assim como a preguiça são ruidos que pertubam a eficácia do diálogo. Tais empecilhos devem ser combatidos e minorados, se não banidos, para que a atmosfera do diálogo se instaure, pondo então um derradeiro ponto final ao silêncio de nossa mobilidade infértil pela cidade - e reticências cheias de possibilidades em nossa vida urbana.

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